quarta-feira, 21 de abril de 2010

Slash diz não retornar a banda

21/04/2010 - 9:01 - Creditos :Folha Online
Divulgação
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"Duvido muito que isso aconteça", diz Slash sobre retorno ao Guns
Você sabe que um músico está em alta quando ele lança um disco solo que traz participação de convidados estrelares. Como está a moral de Slash? Bem, veja quem aparece nos créditos de seu álbum: Ozzy Osbourne, Fergie (Black Eyed Peas), Chris Cornell (Soundgarden), Iggy Pop, Lemmy Kilmister (Motorhead), Ian Astbury, Adam Levine (Maroon 5).
Famoso por ter ajudado o Guns n’ Roses a se tornar um nome maiúsculo no rock nos anos 1990, Slash ainda mantém a moral alta. Todos os convidados citados acima estão no primeiro álbum do guitarrista. Homônimo, o CD está ganhando uma edição brasileira.
A enorme quantidade de gente que participa do disco não é suficiente para que o álbum não soe irregular. “Slash”, o disco, vai do hard rock ao pop, com resultados distintos.
Mas as 14 faixas atestam a capacidade do guitarrista em criar riffs que grudam na cabeça –o Guns n’ Roses nunca mais foi o mesmo sem Slash.
A habilidade do músico o fez ser chamado para participar de dezenas de discos de gente como Michael Jackson, Alice Cooper e Stevie Wonder. Em 2007, entrou para o Hall da Fama do rock. Dois anos depois, foi eleito o segundo melhor guitarrista da história do rock pela revista americana “Time”.
Paralelamente à sua carreira solo, Slash integra a banda Velvet Revolver. Em entrevista à Folha, o guitarrista fala sobre seu primeiro álbum e adianta: virá se apresentar no país.
Folha – Neste seu primeiro álbum, você chamou um monte de gente para participar, como Ozzy, Chris Cornell, Fergie, Iggy Pop. Como esses nomes surgiram? Você pensou neles antes de compor as músicas?
Slash – Não, eu escrevi as músicas antes e, então, pensava em quem poderia ficar bem cantando. Assim surgiram os convites. A escolha dos cantores foi feita a partir das canções.
Folha – E teve alguém que você chamou e não quis participar?
Slash – Apenas uma pessoa não pode, por causa de burocracias de gravadoras. E um cantor que eu chamei não soou bem com a música, então convidei outra pessoa.
Folha – Quem são eles?
Slash – Ah, não vou dizer.
Folha – Pessoas que tocaram com você no Guns n’ Roses, como Izzy [Stradlin, guitarrista], Duff [McKagan, baixista] e Steven Adler [baterista] também participam do disco. Por que os chamou?
Slash – Ainda somos amigos, falo com eles bastante. Com o Izzy, por exemplo, eu sabia que ele seria ótimo em uma das faixas. E Steven, bem, Steven prometeu que ficaria “limpo” durante as gravações.
Folha – Não dá para evitar a pergunta: você consegue se ver tocando novamente no Guns n’ Roses?
Slash – Duvido, realmente duvido muito que isso aconteça. Faz muito tempo… É uma ideia interessante, divertida, mas se fosse algo fácil de se fazer, eu já teria feito faz tempo, não? Nem teria saído da banda.
Folha – Você é conhecido como um guitarrista de rock, mas nesses anos tem trabalhado com vários artistas pop, como Michael Jackson e Rihanna. Esse tipo de coisa é algo que você sente satisfação em fazer? Você pensa em compor música eletrônica, por exemplo?
Slash – É algo que eu gosto muito. Não há dinheiro que pague tocar em discos de outras pessoas, apenas pelo gosto de tocar. Vocês acham que ganho dinheiro com isso, mas não. A única forma de realmente ganhar dinheiro nesse negócio é lotar estádios ou vender dez milhões de discos.
Sobre a outra questão, não me vejo fazendo música eletrônica, música muito sintética, a partir de softwares. Em partes de músicas, sim, pode ser interessante, mas não como base para uma canção inteira. Hoje as pessoas sobrevalorizam a tecnologia.
Folha – O que você acha desses softwares que permitem que um adolescente faça música em casa?
Slash – Eu acho ótimo. Utilizar o computador como um equipamento de gravação é fantástico, mesmo que você não consiga terminar uma música. O [software] Pro Tools é incrível. O ponto é saber usá-lo. Usar para trapacear, quando você não é capaz de tocar uma única nota, aí acho que há um problema.
Folha – Você tocou bastante com Michael Jackson. Como era trabalhar com ele?
Slash – Michael era fantástico. Um artista incrível, era um prazer estar com ele. Tinha um dom natural para compor. Mas ele era infeliz, e é uma pena que tenha feito certas coisas.
Folha – Quando decidiu ser guitarrista? Quem o influenciou?
Slash – Decidi com 14 anos. Fui influenciado por um monte de guitarristas que tocaram antes de mim. Jimmy Page, Joe Perry, Jeff Beck, Hendrix, Ted Nugent… Todo mundo.
Folha – Quais são os seus planos para este ano?
Slash – Vou excursionar em maio, com Myles Kennedy como vocalista. E vou à América do Sul. Em outubro. E depois vamos tentar achar um vocalista para o Velvet Revolver.
Folha - Você gosta de videoga mes como Guitar Hero e Rock Band?
Slash – Acho os dois ótimos. Eles introduziram músicas boas para os garotos. Se não fosse por esses games, muitos adolescentes não teriam tido contato com certas músicas. Meus filhos adoram. Mas eu não gosto da ideia de passar um dia inteiro jogando um game como Call of Duty, por exemplo. Não é a minha.
Folha – Você tem cobras na sua casa, não?
Slash – Eu já tive várias em casa. Hoje só tenho uma. É uma anaconda chamada Sam.

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